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domingo, 17 de abril de 2011

Esquimós

Povo nômade que representa um dos principais segmentos da população nativa das regiões ártica e sub-ártica do Canadá, da Groenlândia, Alasca e Sibéria. Segundo as estatísticas, existem cerca de 80 mil esquimós. Seu milenar modo de vida começou a mudar no séc. XIX, quando os caçadores de baleia e comerciantes de peles europeus chegaram às regiões árticas.
O território dos esquimós inclui o extremo nordeste da Sibéria, as ilhas do Mar de Bering, o litoral continental do Alasca, a costa continental norte canadense, várias ilhas do norte do Canadá, a maior parte da costa oeste e trechos da costa leste da Groenlândia.
É uma das regiões mais frias e inóspitas do mundo. Os invernos são longos e frios e os verões, curtos e frescos. Nos meses mais frios, as temperaturas oscilam entre 29°C negativos e 34°C negativos. Os lagos e os rios ficam cobertos de gelo durante nove meses por ano.
A área de terra firme do Ártico é formada por imensas planícies chamadas tundras. A porção superior da tundra descongela-se durante o verão. Surgem, então, pântanos, charcos e brejos. No verão, a terra cobre-se de liquens, musgos, arbustos e flores silvestres.
Comunidade esquimó, na região do Ártico. Roupas de peles de animais para suportar o frio.

MODO TRADICIONAL
Durante milhares de anos, os esquimós seguiram um modo de vida diferente de qualquer outro povo. Os meios de transporte, os métodos de caça e a língua eram diferenciados. Não havia tribos, nem chefes, apenas grupos culturais distintos, que variavam de uma família a centenas de pessoas. Os grupos dependiam da caça, que variava nas diversas estações.
Os esquimós não tinham leis, mas obedeciam a regras de conduta. De acordo com elas, todos se ajudavam na luta pela sobrevivência. Às vezes, os anciãos de uma comunidade condenavam à morte uma pessoa que tivesse cometido assassinato ou outro crime sério. As crianças eram bem tratadas e raramente castigadas. Era comum que os pais escolhessem, ainda na infância, os futuros cônjuges de seus filhos. Não havia cerimônia matrimonial, o casal simplesmente começava a viver junto.
Alimentação. Os esquimós alimentavam-se principalmente da carne de focas e de caribus (espécie similar à rena). Também comiam peixes e carne de aves, do boi-almiscarado, dos ursos polares e das baleias. Também, ingeriam frutos, raízes, hastes e folhas de certas plantas.
Vestuário. As roupas eram feitas com pele de animais. Homens, mulheres e crianças usavam o mesmo tipo de roupa – um casaco com capuz, calças ou perneiras, meias, botas e luvas. Usavam óculos de madeira ou de osso para suportar a luminosidade do sol sobre a neve.

Habitação. Muitas famílias esquimós tinham uma morada de inverno e outra de verão. No verão, quase todos os esquimós viviam em tendas feitas de pele de caribu ou de foca. No inverno, moravam em casas feitas de turfa (agregado de restos de vegetais). Quando viajavam, construíam casas de gelo em forma de cúpulas que serviam de abrigos temporários. Somente os do centro do Canadá e os das ilhas do norte desse país usavam as casas de gelo, chamadas iglus, como abrigos permanentes de inverno. Elas eram construídas com a neve endurecida em blocos, pelo efeito do vento e do frio.

Iglu, casa construída de blocos de gelo, abrigo típico dos esquimós.

Transporte. Os esquimós locomoviam-se sobre gelo, neve, água e terra. No gelo e na neve, usavam trenós puxados por cães; para navegar nos rios, nos lagos e no mar, usavam barcos feitos de peles de animais. No verão, caminhavam.
Esquimós pescando em caiaques. Embarcação é feita com peles de animais e madeira.

Religião. Os esquimós acreditavam que a natureza era controlada por espíritos poderosos. Achavam também que as pessoas e os animais tinham almas que, após a morte, viviam num outro mundo. Quando um esquimó morria, o corpo era envolvido em peles de animais e delimitado por um círculo de pedras.
Lazer. A diversão ocorria principalmente no inverno, quando as tempestades e as horas de escuridão obrigavam-nos a ficar dentro de casa. Havia luta corporal, cabo-de-guerra e outros testes de força, danças ao som de tambores, cantos e histórias sobre heróis legendários.

Arte. Os esquimós decoravam seus objetos de uso cotidiano. Enfeitavam as roupas com peles, fivelas, botões de marfim, peixes e outros animais. Decoravam instrumentos, armas e outros objetos com esculturas e pinturas. Esculpiam animais em osso ou marfim para que as crianças brincassem.
Idioma. Todos os esquimós falavam uma língua chamada esquimó. Apenas os esquimós do nordeste da Sibéria e os do sul do Alasca falavam dialetos. Não havia um sistema de escrita.

HISTÓRIA
Os cientistas acham que os esquimós são originários da ponte de terra que existia onde hoje fica o estreito de Bering. Ela fazia a ligação entre a Sibéria e o Alasca, há mais de dez mil anos. Alguns dos primeiros esquimós deslocaram-se para o nordeste da Sibéria, muitos dirigiram-se para o Alasca. De lá, espalharam-se mais tarde pela América do Norte ártica e pela Groenlândia.
Os primeiros europeus que travaram contato com os esquimós foram os vikings, que ocupavam a Groenlândia quando eles chegaram ao local, por volta de 1.100. A partir do séc. XVI, os exploradores europeus os encontraram nas regiões do leste da América do Norte ártica. Exploradores russos e de outras nacionalidades européias mantiveram contatos com os esquimós do Alasca no séc. XVIII. No séc. XIX, as terras dos esquimós foram invadidas por grandes levas de caçadores de baleia e comerciantes de peles europeus.

OS ESQUIMÓS NA ATUALIDADE
Rússia. Muitos esquimós vivem no extremo nordeste da Sibéria. Criam renas, caçam morsas e outros animais e produzem esculturas e vários tipos de artesanato para comércio. O governo lhes fornece educação, habitação e outros benefícios.
Alasca. Alguns esquimós vivem em cidades, mas a maioria habita pequenas aldeias, caçando e pescando para sobreviver. Grande parte só encontra ocupações temporárias e depende do governo dos EUA para obter habitação e outros tipos de assistência.
Canadá. A maioria dos esquimós vive em cidades, em habitações fornecidas pelo governo. Recebem ajuda financeira, assistência médica e outros tipos de assistência do Estado.
Groenlândia. A maior parte trabalha nas cidades, principalmente na indústria da pesca. Somente os do norte ainda vivem da caça da foca e continuam seguindo seu modo de vida tradicional. O governo lhes fornece habitação, assistência médica e outros benefícios.


Fonte: www.klickeducacao.com.br/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-8790,00.html
Os esquimós (ou inuit como se autodenominam) vivem no Ártico, uma das regiões mais frias da Terra. As teorias mais propagadas afirmam que seu assentamento nas regiões mais frias do planeta se deve ao rechaço de que foram objeto por parte dos índios americanos (há 12.000 anos), quando chegaram ao Alaska, vindos do nordeste da Ásia e através do Estreito de Bering.
Hoje, os esquimós não formam nem pertencem a alguma nação. Trata-se de um povo solidário, acolhedor e muito pacífico. São nômades por natureza. Sua civilização se baseia na família, patriarcal e poligâmica, na qual o homem tem mais mulheres na medida em que possui mais riquezas.
As crianças são muito importantes para os esquimós porque, de acordo com suas crenças, os pequenos são reencarnações de seus antepassados. Os inuit crêem na existência de seres superiores aos quais não é necessário cultuar ou mesmo fazer orações.

     Vila de Esquimós

A estatura dos esquimós é pequena, os homens medem, em média, 1,60 m e as mulheres 10 cm menos. Seus corpos são fortes e seus membros curtos.
As terras do norte, extremamente frias, não permitem o crescimento de plantas, as únicas coisas que os esquimós podem fazer para sobreviver é caçar e pescar. É muito característico dos esquimós andar acompanhados de cães, usados para caçar e puxar os trenós, seu principal meio de transporte.
Dentro de suas casas, as mulheres se dedicam a cozinhar e costurar, enquanto os homens preparam seus utensílios para caçar e pescar focas e baleias. Os esquimós aproveitam tudo dos animais caçados: carne, gordura, pele, ossos e intestinos. Sua dieta habitual era a carne fervida, mas devido à lentidão deste processo e a escassez do combustível animal que era necessário, este povo passou a come carne crua. A origem da palavra esquimó (no idioma algonquino) quer dizer comedor de carne crua.
As roupas dos esquimós são feitas com pele de foca, com a pelagem voltada para dentro e forradas com pele de urso ou de raposas, que as mulheres mascam com seus dentes e curtem com urina. Estas roupas são costuradas com os tendões dos animais.
Durante o inverno é comum que os alimentos fiquem escassos, época em que os homens saem para viajar e caçar. Quando as expedições duram muitos dias, é necessário construir casas temporárias, feitos com gelo, os iglus são estes famosos refúgios.
A língua esquimó está dividida em quatro dialetos bem parecidos, que só tem substantivos e verbos.

Fonte: www.infoescola.com/curiosidades/esquimos

Os esquimós são a população nativa de regiões do Ártico que vivem em partes do Canadá, Groelândia, Alaska, Sibéria, entre outras terras da área. Existem diferentes grupos como os Inuit, Alutiit, Yupik e Inupiat, que falam dialetos diferentes.
O termo esquimó (eskimo) tem sido usado desde o século 16 pelos europeus e outros povos para designar os indígenas do Ártico.
Por muito tempo acreditou-se erroneamente que eskimo significaria "comedor de carne crua". O termo passou, então, a ser considerado politicamente incorreto, por muitos, no final do século 20. Atualmente, entretanto,
acredita-se que a origem do termo está mais relacionada com os calçados usados para neve.
Estima-se que os esquimós vivem nas regiões do Ártico e sub-Ártico há mais de 3.000 anos. A população atual é superior a 100 mil pessoas. São cultural e biologicamente distintos dos povos visinhos, incluindo os índios americanos, sendo bem adaptados ao frio polar.
    Iglus, abrigos construídos com neve pelos esquimós.


Fonte: www.guiageo-artico.com/esquimos.htm